A cada edição, a Revista Anajur traz uma série de artigos de advogados, políticos, professores e especialistas em diversos temas caros aos nossos leitores. Nossa revista preza por análises aprofundadas de conceitos que permeiam a vida dos cidadãos.
Na atual edição da Revista Anajur, o Procurador Federal, Carlos Mota, faz uma análise do nosso sistema de escolha daqueles que nos representarão politicamente. A Revista Anajur pode ser lida aqui no nosso site, na seção Publicações. Boa Leitura!
Em defesa da representação política direta
Os avanços na área da tecnologia da informação, sobretudo a rapidez com que se consolidou a rede mundial de computadores, permitem vislumbrar o fim, em momento não muito distante, da democracia representativa, que, diga-se de passagem, já apresentava vícios parecidos com os hodiernos em seu próprio berço, a Grécia antiga. Não sem razão, muitos dos gregos, dentre eles Aristóteles, preferiam o sorteio dos postos públicos ao sistema de escolha via voto, pois entendiam que esse sistema mais se aproxima da oligarquia, não da democracia, na essência do que o termo representa.
De fato, não apenas em terras brasileiras, mas em escala planetária, não dá mais para confiar no modelo político atual, que, em última análise, gera uma espécie de aristocracia eletiva, em que os eleitos só se lembram dos eleitores em época de eleição.
É óbvio que, muito embora defendido por pessoas sérias, o sistema de sorteio dificilmente se livrará da órbita dos que consideram coisas assim como delírios ou devaneios. Mas, apesar disso, há que se buscar algo que substitua o modelo político atual, abatido pela crise de confiança, sem precedentes em nossa história.
Tendo ocupado cadeira em nosso parlamento, talvez me falte a necessária isenção para abordar quão delicado tema, na medida em que isso pode parecer ressentimento de quem tentou, mas não logrou êxito em sua tentativa de reeleição.
Por outro lado, o fato de eu ter estado no lado de lá e, em seguida, voltado ao time dos que, sem mandato popular, buscam influir em questões políticas, tal qual fazemos em entidades como a Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia Geral da União (Anajur) e a Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social (Anpprev), descortinou para mim a conclusão de que não dá mais para esperar. Em outras palavras, não dá mais para continuar, a cada dois anos, legitimando, por obrigação constitucional, um sistema falido, um sistema no qual não mais acreditamos!
As chamadas redes sociais nos permitem ver com os nossos próprios olhos o que se passa ao nosso redor e, sobretudo, nos permitem opinar, trocar informações, convencer e sermos convencidos, sem essa ultrapassada muleta chamada democracia representativa, onerosa, inoperante e, o que é pior, palco de mal disfarçadas rapinagens e tungas dos cofres públicos.
E não é delírio imaginar a chegada de um tempo em que um toque característico em nossos tablets nos chamará a opinar e deliberar diretamente sobre os nossos destinos e sobre os destinos de nossa Pátria. Que esse dia chegue rápido!
Informamos aos associados que a Anajur estará de recesso entre os dias 20/12/2023 e 01/01/2024. O expediente retorna normalmente a partir de 02/01.
A Anajur informa que, em razão do feriado distrital do dia do Evangélico, não haverá expediente nesta quinta-feira (30/11).
Em virtude do feriado do Dia de Finados, a Anajur informa que o expediente da sexta-feira (3) será de forma remota.
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